sexta-feira, 30 de abril de 2010

Auto biografia de muitos garfos.

Eu me confesso uma mulher de garfos. Adoro comer e mais ainda ver os outros comerem.

Espera, vou explicar, ou melhor seria contar?
Serei breve. Começa com minhas avós e tias avós e aquelas senhoras de minha cidade, empanturrando a mim, irmãos e primos de comida em nossa infância, não sei o que elas pretendiam com aquilo, ver as crianças em formato de bola, compensar os seus, pelos tempos de privação que passaram nas próprias infâncias, ou simplesmente testar as próprias receitas? Mas ainda hoje, e creio que sempre, me tornei uma pessoa impregnada por essas vivências. Doce, salgado, apimentado, leve, pesado, cotidiano, elaborado...
O fato é que adoro comer, cozinhar e pedir para as pessoas provarem meus quitutes.
Mas não foi sempre simples assim. Desde muito cedo tive dificuldade em aceitar que as mulheres deviam arcar com a tarefa de cozinhar, cuidar, limpar... E me rebelei. Precisava me colocar em outro papel que não fosse o de cuidadora, de cozinheira, de faxineira, mas até que meu irmão, que morava comigo se saiu bem!
O prazer que a cozinha me proporciona só veio com o ato de receber pessoas queridas, quando passei a ter uma casa só minha e, sem falsa modéstia, tenho me aprimorado.
Hoje, depois de idas e vindas descobri que o meu prazer relacionado com a cozinha está acima das questões de gênero, se tornou constituinte da minha personalidade, do meu modo de ver as pessoas, de ver os lugares que visito, os cheiros que sinto, da pessoa que é Gisele!

Um comentário:

  1. Gisele, boa tarde!

    Soube por Nayane do teu blog e fico muito feliz que você tenha decido publicar tuas receitas, afinal és uma excelente cozinheira e curiosa das misturas.

    Desejo que quem sabe um dia, com o aprimoramento necessário, você pense em investir num restaurante ou em algo menor que proporcione às pessoas a terem acesso às tuas delícias!

    paz, saúde e sorte!

    Saudações,

    Patrícia

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